JOÃO BATISTA HERKENHOFF, JURISTA E ESCRITOR Ano 2008 – 4ªa Edição

Capixaba de Cachoeiro de Itapemirim, décimo primeiro filho de Alfredo Herkenhoff e Aurora Estellita Herkenhoff, casado com a professora Therezinha Gonçalves Pinto Herkenhoff e pai de Gustavo Pinto Herkenhoff, que é casado com Lílian Sperandio Herkenhoff, João Batista é livre docente da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), onde se formou em Direito em 1958.

Como professor itinerante, tem palestrado em universidades e instituições culturais de todo o País e do exterior. É mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Realizou pós-doutoramentos na Universidade de Wisconsin (EUA) e na Universidade de Rouen (França). Advogado, promotor de Justiça, juiz do Trabalho, juiz de Direito, foi um dos fundadores, em 1976, primeiro presidente e ainda é membro (emérito) da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Vitória, ES.

Foi um dos fundadores (1977) e primeiro presidente da Associação de Docentes da UFES. É membro, dentre outras instituições, da Associação Padre Gabriel Maire em Defesa da Vida (Vitória).

Militante histórico dos Direitos Humanos, inclusive durante o regime militar, Herkenhoff se mantém firme no propósito de, segundo suas próprias palavras, "construir um mundo novo, suprimir as injustiças estruturais, ouvir o clamor dos deserdados da lei, submeter a pauta legal a uma interpretação intervencionista, crítica, política, como dever ético do jurista".

Nascido, literalmente, dentro de uma escola, de pais educadores e irmandade grande, recebeu, desde pequeno, o gosto pelo debate de ideias e aprendeu as lições de respeito e amor ao próximo que seriam para sempre as bases de sua formação.

Escreveu num artigo publicado em A Gazeta:

"Não teria descortinado a dimensão social do Evangelho, se não fosse a convivência com Dom João Batista da Mota e Albuquerque, Dom Luis Gonzaga Fernandes, padre Waldyr Ferreira de Almeida, Irmã Heloísa Maria Rodrigues da Cunha, Rogério Coelho Vello, Antônio César Menezes Penedo, Vera Maria Simoni Nacif, Dante Pancini Póla, Sandro Chamon do Carmo, Ewerton Montenegro Guimarães, pastor Claude Labrunie e tantos outros. Prezaria que a Misericórdia colocasse lentes de aumento nos pequenos serviços desta modesta vida. Que o empenho de dar voz a quem não tinha voz, denunciar a injustiça, junto a caminhantes da mesma caminhada, todos estes pequenos méritos fossem valorizados em cêntuplo. Que o esforço de proporcionar tratamento humano aos presos tivesse a recompensa prometida aos que viram no encarcerado a imagem do Crucificado. Que a busca por servir à dignidade da pessoa humana na cadeira de juiz, na tribuna de professor, no livro e no jornal fosse recebida como humilde oferenda Àquele sob cujo selo todos somos rigorosamente iguais, portadores da mesma dignidade e valor porque marcados pelo mesmo sopro divino."